Todos nós temos o amor das nossas vidas
e somos revolucionários.
Saímos às ruas e gritamos;
chegamos em casa e emudecemos.
Todos temos barba,
roçamos a dita no pescoço de alguém
e vamos pra cama com vontade de meter
a cara no travesseiro até morrer.
Todos sofremos,
caímos, nos sujamos e pouco
nos ajudamos.
Depreciamos a vida alheia,
jogamos merda no ventilador,
mas que voe pra longe, doutor.
Todos cagamos regras,
viramos o jogo, criamos barriga
em frente à televisão.
E quando alguém mexe a bunda da cadeira,
dói de ver; a inveja é tamanha,
que é mais fácil meter pedra
a aderir à campanha.
Teus poemas são sempre realistas, Marcelo! Sempre o que se sente, o que se pensa, enfim...
ResponderExcluirAbraço grande.
Achei realista, com um toque de ironia,
ResponderExcluirAmei!!
Beijo grande!