"Não me deixe só, que eu te medo do escuro, do inseguro, dos fantasmas da minha voz..."

Se você cavar
e esmerilhar
aquilo que sou,
talvez encontre alguém
perdido no meio
sem saber qual das pontas
seguir.
Puxam-me para ambas.
Sou ninguém que saiba escolher.
Jogo as mãos
e livro-me das amarras;
tentam algo,
investem contra (ou a favor de) mim.
Olho, vago.
Eu quero o céu,
mas não encontro a saída
para o canto dos anjos
e sua perdição.
Talvez as línguas benditas me guiem,
talvez meus pés me levem voluntariamente,
talvez eu encontre a saída.
É possível
que eu te veja
e então saiba.

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