Um quê de incompreensão


Estou exaurido pela sensação
de ter e não ter, que ocupa o corpo
mas não alivia a alma tampouco o pensamento.
Pesa os membros, como raízes que me prendem ao solo;
A indecisão, como um par de asas postas em minhas costas,
me leva longe para um mar de infinidades.
Sou uma carcaça mal ajambrada,
um momento estático e um desejo reprimido
de manter-se em pé, mesmo quando a onda vem.
Sou um quê de qualquer coisa
que escala montanhas, mas não pula obstáculos,
e são indecifráveis esses teus olhos
para as montanhas do meu eu.

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