A praça verde

Foto: Bruno Dezinho

O horizonte deserto,
um casal logo à frente,
o tempo quente, mormaço.
Tudo que não se vê.

Não há nada para ver.
Nada que presenciar.
É um espaço de tempo,
aquele lanche da tarde
e o almoço com amigos.

Depois de comer,
por os pés para fora do sapato
e sentir o mundo,
pulsar com a vida,
exercer o amor.

Há sempre o verde,
um pouco de cor,
um céu azul lindo,
que também pode ser chuva.

Nuvens dançando no céu,
o horizonte dançando ao léu.
Quem sabe o próximo passo?

A mão que segura é a mão que afaga, homem.
Que deseja e ama e aconselha
e guia e ampara.
O esteio.
O enredo.
O sabor.

Se olharem para o lado
não há o que olhar.
Há só o que sorrir e sentir.
Há a esperança
e...

(etc)

Nenhum comentário:

Postar um comentário